Sem dúvida a maior catástrofe natural em Sintra desde os anos 60, os ventos ciclónicos do passado mês de Janeiro deixaram traços profundos na paisagem sintrense.

A comunicação social, normalmente tronitruante na desgraça, não deu no entanto ao sucedido o relevo que merecia. Aguardemos que o faça agora, alertando e sensibilizando a esfera pública e a privada para a premência de uma intervenção conjunta e atempada de modo a evitar mais perdas e danos.

Se os trabalhos de recuperação desde logo iniciados, sobretudo pelo Monte da Lua, e também por alguns particulares igualmente afectados pelos estragos, são manifestos, a destruição do património natural é, contudo, ainda evidente: milhares de árvores caídas, arrancadas pelas raízes, muros de suporte destruídos, caminhos pedestres interrompidos, um cenário desolador que exige maior celeridade na limpeza, reabilitação e reflorestação.

 O estado de perigo latente em que a Serra de Sintra sempre se encontra no que respeita ao risco de eclosão de fogos, maximiza-se com a aproximação do verão, devido á quantidade de material combustível que ainda se encontra a obstruir matas e jardins. A remoção das árvores caídas e a subsequente limpeza dessas áreas é determinante e urgente.

Apelamos ao alerta geral: o risco é elevado, o perigo espreita!

 MJ S